Crise derruba seguros com proteção contra incêndios
Fonte: Estadão
Venda de apólices que cobrem danos causados por fogo teve duas quedas anuais consecutivas
A crise econômica dos últimos anos levou empresas de pequeno porte a deixarem de contratar seguros e, com isso, a receita com a venda de contratos que cobrem incêndios teve sucessivas quedas.
Um evento como o fogo no edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, não influencia a busca por apólices, afirma Danilo Silveira, diretor da comissão de riscos da FenSeg (federação de empresas de seguros gerais).
Há pouco impacto porque o produto já é conhecido, diz ele.
A proteção contra incêndios costuma estar prevista nas modalidades de seguros residencial, condominial e empresarial.
“A cobertura mínima para esses planos prevê ressarcimento em casos de fogo, raio e explosão”, diz José Varanda, da Escola Nacional de Seguros.
Para as pequenas empresas, o custo de ter um plano pode ser relativamente alto e, com a instabilidade na economia, os responsáveis deixaram de contratar, afirma.
Na comparação do primeiro trimestre deste ano com 2017, o total arrecadado com apólices diminuiu 1%.
Foi a segunda queda consecutiva. O desempenho foi 9% pior no começo do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2016.
A sinistralidade (incêndios de patrimônio dos clientes) gira em torno de 0,4%, diz Silveira. “É uma frequência baixa, mas a periculosidade é muito alta, os danos são severos.”
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