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Resultado da SulAmérica cresce e alcança R$ 905 milhões

Fonte: Valor Econômico 

O melhor momento da SulAmérica, em 123 anos de história, ocorreu em 2018. Foi nesses termos que o diretor-presidente da seguradora, Gabriel Portella, definiu, em entrevista ao Valor, o resultado do ano passado. O grupo obteve um lucro líquido atribuído a controladores recorde de R$ 905 milhões, um crescimento de 17% ante 2017.

As receitas operacionais também alcançaram o maior volume da história, aos R$ 20,5 bilhões, com alta de 12,5% na comparação anual. Os prêmios ganhos totalizaram R$ 19,74 bilhões em 2018, o que significa um crescimento de 12,2% frente a 2017.

O lucro líquido no quarto trimestre, porém, apresentou um recuo de 4,6% frente ao registrado no mesmo período de 2017, para R$ 393,6 milhões. A diferença é explicada por um aumento pontual de 15%, ou R$ 481 milhões, nos sinistros retidos entre outubro e dezembro comparado ao mesmo intervalo de 2017. No quarto trimestre, as receitas operacionais subiram 11,4% comparado ao mesmo período de 2017, para R$ 5,11 bilhões. Os prêmios ganhos avançaram 13,1% na mesma base, para R$ 5,18 bilhões.

"Um dos desafios tem sido compensar com os resultados operacionais o recuo dos resultados financeiros, em função da queda da Selic", explica Portella. Para o presidente da SulAmérica, os resultados reforçam que a missão tem sido cumprida: "Mostramos nos últimos anos que conseguimos gerar resultados ainda melhores mesmo em ambientes de taxas de juros mais baixas, que têm forte efeito nos nossos retornos financeiros".

O índice combinado, medida que considera sinistros retidos mais despesas com seguros em relação aos prêmios ganhos, um indicativo de lucro operacional quando menor que 100%, atingiu 97% em 2018, no melhor resultado anual desde a abertura de capital da SulAmérica em 2007.

Já o retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE), de 15,2% em 2018, mostra uma evolução de 0,7 ponto percentual ante a rentabilidade apresentada em 2017. O crescimento das receitas operacionais mais do que compensaram a queda de 24,6% do resultado financeiro no ano passado.

Para 2019, as perspectivas são mais positivas. "Se o desemprego for menor, teremos vento favorável no mercado de saúde suplementar e, nos últimos anos, tivemos crescimento na nossa base de clientes de saúde e odonto. E, mesmo com vendas menores de veículos, aumentamos no ano passado nossa frota segurada." Na visão de Ricardo Bottas, executivo-chefe financeiro e de relações com investidores, "a economia é o grande 'driver' do processo e, se vai bem, a atividade de seguros cresce".

As duas maiores áreas da SulAmérica, seguro saúde e odontologia e seguro auto, mostraram fôlego em 2018, mesmo com adversidades como a greve dos caminhoneiros e as eleições.

O segmento de seguro saúde, odontologia e planos administrados cresceu 8,1% na base total de clientes para 3,425 milhões de segurados. A receita operacional subiu 13,4% ante 2017, para R$ 15,68 bilhões. "Em 2018, mantivemos a sinistralidade da área em consistente redução, atingindo o menor patamar desde 2010", afirma a SulAmérica, na divulgação de resultados. O ramo auto registrou aumento de 8,6% na comparação anual para a frota segurada, para 1,6 milhão de veículos. Em termos de receitas, os valores subiram 9,7% frente a 2017 a R$ 3,4 bilhões.

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