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Turbinas e subestações de Jirau têm apólice da Liberty

Fonte: Jornal do Commércio - RJ

Através da divisão de riscos especiais (Liberty International Underwriters LIU), a Liberty Seguros fechou o seguro de transporte de parte das turbinas e subestações relacionadas que serão usadas na construção da hidrelétrica de Jirau, uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A apólice, com prêmio de US$ 1,1 milhão, terá vigência de dois anos e dez meses e prevê cobertura de US$ 335 milhões para danos ocorridos no deslocamento de 18 turbinas e subestações fabricadas na China e na Coreia, respectivamente.
O programa de seguros traz ainda uma inovação no mercado brasileiro, que é a cobertura adicional de R$ 286 milhões para o caso de atraso no início das operações da hidrelétrica, decorrente de problemas no transporte dos equipamentos do fabricante ao local de instalação no Rio Madeira, em Rondônia. A apólice teve a intermediação da corretora JLT.

"Esse tipo de cobertura não era aceito pelo IRB (Brasil Re) antes da abertura das operações de resseguros. No programa incluímos este novo clausulado que é amplamente aceito no mercado internacional e traz novas garantias para as empresas envolvidas no projeto", conta o diretor da LIU, Paul Conolly.

O transporte das turbinas terá um roteiro desafiador, segundo ele. Os equipamentos serão embarcados em Xangai e descarregados em Manaus (AM). De lá percorrerão trechos terrestres e em barcaças até a entrega final na Ilha do Padre, em Porto Velho, onde acontecem as obras. Serão 36 viagens desenhadas em detalhes. "Todo o deslocamento, que acontecerá ao longo dos dois anos e dez meses, será acompanhado por engenheiros marítimos da Liberty, especializados nesse tipo de operação", explica o executivo.

Ele adianta que a Liberty assumiu 100% do risco, no seguro e resseguro, acrescentando: "A operação demonstra nossa capacidade e compromisso com os grandes riscos no mercado brasileiro".

NEGÓCIOS. Paul Conolly afirma que a divisão de riscos especiais da Liberty está crescendo rapidamente no País. Dados da companhia apontam que a unidade, cuja atividade no Brasil começou no primeiro semestre de 2009, fechou o ano passado com receita de prêmios de US$ 7,5 milhões, captada apenas no segmento de riscos de construção, operação e transporte. Este ano, a projeção de faturamento é da ordem de US$ 11 milhões, que, se confirmada, representará expansão de 46,5% sobre 2009.

Na área de grandes riscos como um todo, que engloba também seguros de garantia, responsabilidade civil de diretores e administradores (D&O, na sigla em inglês) e outras operações, os prêmios chegaram a US$ 12 milhões. Para este ano, a estimativa é de movimentar cerca de US$ 16 milhões para cobertura de riscos especiais no País.

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