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Remuneração médica

Fonte: Diário Catarinense

por José Cechin -  Diretor executivo da FenaSaúde
A discussão sobre remuneração médica na rede privada necessita ser aclarada, seja pelas diferenças substantivas da dinâmica de custos da saúde suplementar em comparação a outros mercados, seja pela livre negociação que rege a relação entre médicos e operadoras de saúde. O crescimento da demanda por serviços de saúde, impulsionado pelo envelhecimento e aumento da longevidade da população, incorporação de novas tecnologias e crescente consciência em relação aos cuidados com a saúde, tem contribuído para aumentar o número de consultas e exames de diagnóstico pelos beneficiários e, consequentemente, as despesas das operadoras.

As operadoras são gestoras do dinheiro dos beneficiários e cabe a elas zelar pelo equilíbrio dessa balança, garantindo a oferta e a qualidade de todos os serviços contratados. Imaginar que é possível aplicar os mesmos índices de aumento de mensalidades às tabelas de honorários dos prestadores de serviços é ignorar a complexidade de gerenciamento de toda essa engrenagem.

A baixa remuneração dos médicos não interessa a nenhum dos lados. Empresas filiadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne 15 das maiores operadoras do país (das 1.183 operadoras em atividade), que respondem pelo atendimento a 20,2 milhões de beneficiários e cerca de 37% do mercado, aplicaram reajustes entre 83,3% e 116,3% no valor das consultas médicas praticado entre 2002 e 2010. Esses índices, reajustados anualmente nas datas-bases acordadas, são significativamente superiores à variação do IPCA do período, de 56,9%.

Pesquisa do Datafolha para o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess) mostrou que 80% dos entrevistados avaliam positivamente os planos de saúde e que 95% tiveram as solicitações para realização de procedimentos médicos autorizadas no último ano.


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