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Seguro ficou democrático

Fonte: Jornal do Comércio - PE

O aumento de renda das classes C, D e E impulsiona o mercado de seguros. Agora que esse público pode consumir mais, muita gente aproveita para investir nesse tipo de serviço. Hoje, há opções que vão desde seguro para automóveis e de vida até microcréditos populares.

No primeiro semestre do ano passado, as empresas de seguro tiveram um crescimento cinco vezes maior que a economia brasileira, aponta Mucio Novaes, presidente do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros, de Previdência Complementar e de Capitalização do Norte e Nordeste (Sindseg N/NE). No Nordeste, o mercado cresceu 21,5% entre janeiro e julho. O balanço de 2011 ainda está sendo fechado.

A Porto Seguro comemora o crescimento. Nossa participação no mercado de seguro de automóveis teve um aumento de 21% no ano passado, número que deve se manter este ano , indica o superintendente da marca em Pernambuco, Rinaldo Reis.

Quem tem um bem ou aumenta seu patrimônio, pensa em preservá-lo. Ou, no caso de seguro de vida, se o cliente falecer, assegura os beneficiários , explica o vice-presidente da empresa paulista Marítima Seguros, Francisco Vidigal Filho.

A seguradora é uma das empresas que percebe o aumento da demanda por seguros no Estado e inaugura este mês um escritório no Recife. Com o crescimento de Pernambuco, resolvemos abrir um escritório aqui. O aumento da renda da população expande o perfil do público que procura um seguro , observa Francisco Filho.

A Mongeral Aegon lançou este mês uma linha de seguros populares, o Minha Família. Em parceria com a operadora de microcrédito Finsol, a seguradora deve atender inicialmente os estados de Pernambuco, Maranhão, Piauí e Ceará. Com foco nas classes C, D e E, a companhia estima atingir cerca de 15 mil usuários no primeiro trimestre de 2012.

O aumento do poder aquisitivo vem ampliando o mercado potencial de compradores, fazendo com que públicos que antes não tinham acesso aos seguros passem a procurar por esse tipo de produto , afirma Leonardo Lourenço, superintendente de Produtos da Mongeral Aegon.

O Minha Família é vendido com custo a partir de R$ 10 por mês e acoberta o segurado no caso de morte natural ou acidental. O produto deve atender a microempreendedores alinhado às diretrizes da Resolução nº 244, aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, que regulamentou em dezembro o microsseguro e os seguros populares.

O Grupo Bradesco Seguros também tem produtos voltados para as classes C, D e E, como o Primeira Proteção, plano de microsseguro comercializado por R$ 3,50 mensais e que dá indenização de R$ 20 mil em caso de morte acidental. O plano também conta com sorteios de R$ 20 mil em planos de capitalização.

Outro nicho que aquece as seguradoras é o seguro habitacional, impulsionado pelo setor imobiliário. Quando o credor financia um imóvel, precisa adquirir o seguro habitacional, garantia que a dívida será paga mesmo no caso de uma fatalidade. A medida existe desde 2010 e, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), até julho de 2011, o total pago pelos segurados chegou a R$ 43,15 milhões.

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