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Para fechar o negócio, consumidor ainda prefere contato pessoal

Fonte: Valor Econômico

O Brasil tem hoje cerca de 95 mil corretores de seguros registrados na Superintendência de Seguros Privados (Susep), entre autônomos e ligados a corretoras. Apesar do avanço tecnológico e das plataformas de vendas de seguros on-line, ao menos por enquanto a atividade dessas pessoas está garantida. De acordo com especialistas do setor, 85% das vendas de seguros no país ainda são feitas por intermédio de um corretor.

"A internet é hoje a principal porta de entrada do consumidor para cotação e comparação de preços das apólices, mas na hora de fechar o negócio o consumidor valoriza o contato pessoal com o corretor ", afirma o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar. De acordo com ele, a inovação tecnológica não deve ser vista como inimiga das corretoras, mas uma ferramenta importante para vender produtos.

Opinião semelhante tem o diretor comercial da corretora de seguros Seguralta, Nilton Pereira Dias. "O seguro não é um produto pronto que você compra na prateleira. São necessários cuidados na identificação do que o cliente precisa e das coberturas adequadas", afirma. A empresa, que atua no modelo de franquias, tem 1.100 unidades, opera com 40 seguradoras e faturou R$ 270 milhões no ano passado.

Para 2018, a meta é fechar o ano com receita de R$ 310 milhões. Para competir, a rede investe no treinamento e aperfeiçoamento dos corretores. "A proximidade do corretor com o cliente gera mais negócios e permite melhor análise do seu perfil", afirma o executivo.

"A confiança ainda é maior nos corretores tradicionais, pois são a referência para assistência e atendimento em caso de sinistros", diz o presidente da rede Lojacorr, Diogo Arndt Silva. Com mais de 300 mil apólices ativas, a empresa paranaense oferece o suporte necessário às corretoras independentes associadas. Por meio da rede, as corretoras têm acesso a 36 seguradoras e a várias modalidades.

A empresa também aposta na diversidade de negócios - com a a rede Lojacorr Consórcios vende consórcios de imóveis, automóveis, motocicletas e serviços. Segundo Silva, a diversificação de atividades e expansão das carteiras é importante para o setor de seguros que, apesar do crescimento constante e dos bons resultados, abriga modalidades que sofreram com a crise.

A tecnologia, porém, segundo os especialistas deve cada vez mais fazer parte do cotidiano das empresas, inclusive nas relações entre o corretor e o cliente. "Nem todas as corretoras estão familiarizadas com as tecnologias avançadas, mas, de alguma forma todas se preparam para esse mundo cada vez mais digital, tanto na parte operacional como na comercial", diz o vice-presidente de negócios e estratégias da Aon Brasil, Helio Novaes. O mercado, diz ele, deve se preparar para a geração Z (pessoas nascidas a partir de 2000), que tem fortes vínculos com o mundo virtual e vai exigir mais das empresas.

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