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Exor negocia venda da resseguradora PartnerRe para francesa Covéa

Fonte: Valor Econômico 

O acordo pode avaliar a PartnerRe em cerca de US$ 9 bilhões

A Exor NV, holding da família italiana Agnelli, afirmou no último domingo que está em negociações avançadas para vender a empresa de resseguros PartnerRe à seguradora francesa Covéa Coopérations. O acordo pode avaliar a PartnerRe em cerca de US$ 9 bilhões, de acordo com uma pessoa familiarizada com as negociações. 

Exor e Covéa confirmaram que estão mantendo conversações, que foram relatadas anteriormente pelo "The Wall Street Journal" e pelo francês "Du Dimanche", embora as empresas não tenham comentado sobre o preço. A Exor disse que se abstém de comentar mais sobre as negociações até que o resultado seja conhecido. 

John Elkann, presidente e diretor executivo da Exor, não estava procurando vender a PartnerRe, mas concordou em participar das negociações porque considerava a oferta inicial da Covéa favorável, segundo fontes. 

A Exor, que detém uma participação majoritária na Fiat Chrysler, concordou em comprar a PartnerRe em 2015 por US$ 6,9 bilhões, a maior aquisição da holding em seu movimento plurianual para diversificar seus ativos e diminuir sua dependência da indústria automobilística. 

A família Agnelli possui 53% da Exor por meio de uma holding controlada por mais de 100 descendentes do trisavô de Elkann, que co-fundou a Fiat no final do século XIX. 

Embora a PartnerRe gere dividendos ricos para a Exor, que podem ser reinvestidos ou distribuídos aos acionistas, uma venda de US$ 9 bilhões permitiria à holding registrar um ganho de 30% em um ativo que possui há menos de quatro anos. A Exor também recebeu mais de US$ 650 milhões em dividendos da PartnerRe desde 2016. 

Na outra ponta, a aquisição permitiria que a Covéa se diversificasse e reduzisse a dependência dos setores de propriedade e danos na França. A companhia fracassou no ano passado na tentativa de comprar a resseguradora francesa Scor. As duas empresas se engajaram em uma batalha feroz que levou o regulador bancário e de seguros da França a pedir que desistissem por causa da estabilidade financeira do país.

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